Foi constituído o 28 de fevereiro de 1969 por um grupo de amigos no restaurante «O Pote» (e também o seu primeiro domicílio social), entre os que se encontrava Julio Castro Losada, o seu primeiro presidente até 1973.

A primeira projeção foi no cinema Alameda, no final de maio desse ano, do filme «Fahrenheit 451» de François Truffaut.

Da mão de José Francisco de Castro González, o seu presidente até 1977, junto de Xosé Prada Martínez (decano dos cineclubistas carballinheses), Eduardo Bernárdez López e José Álvarez Rabanillo (sócios fundadores), dão-lhe um novo impulso às atividades do cineclube e conseguiram organizar —como fizessem um ano antes o cineclube Solpor de Celanova— as «Semanas de Cinema», no mês de agosto de 1975, aproveitando a animação prévia às festas patronais de setembro, assim durante 9 anos, gérmen sem dúvida, no seu futuro imediato da sua atividade mais destacada.

O período mais relevante abarca desde os anos 1978 a 1997, etapa presidida pelo escritor, crítico de cinema e professor Miguel Anxo Fernández Fernández, quando se desenvolveram as «Jornadas de Cinema e Video na Galiza» (Xociviga) —edições—.
Projetou-se (até o 2004) nos desaparecidos cinemas «Alameda», «Rivas» e «Paradiso»; na atualidade faz-se nos ecrãs do Auditório Municipal e da Casa da Cultura.

Sem dúvida as «Xociviga» são uma parte da história do nosso audiovisual, pois sentaram na mesma mesa a muitos atores, produtores, diretores de cinema… tanto a nível galego como do Estado espanhol, um aluvião de gente seduzido pelo mundo da sétima arte e que acercou vontades, sonhos e muito esforço em se acercar a algo que se lhe pudesse chamar audiovisual galego.

Até 1989 foi a etapa mais esplendorosa das jornadas, graças ao apoio decidido da Direcção-geral de Cultura —nela figurava o jornalista Luis Álvarez Pousa, um dos promotores nos setenta das «Jornadas de Cinema» de Ourense—.

Depois, apesar de diminuir as contribuições económicas, o desinteresse das instituições provocou nos promotores verdadeiro cansaço. Teve uma reação e essa mudança chegou com um grupo de seis jovens abandeirados por Plácido Baranda Valeiras "Pachi" e Manuel Iglesias Nanín, que se fizeram cargo das «Jornadas» com muitos ânimos.
Sendo conscientes das dificuldades estabeleceram alianças estratégicas com o OUFF «Festival de Cinema de Ourense» e com a Feciga «Federação de Cineclubes da Galiza», com as que vai reforçando a sua importância dentro do setor audiovisual.
Apareceram prémios, secções paralelas a concurso e aproveitaram estas estratégias para seguir fazendo caminho, até o ano 2001, onde cresce o desalento pelas travas económicas.

A partir desse ano, a Câmara Municipal do Carballiño deu-se conta da importância das «Jornadas» e apanhou as rédeas, encarregou a coordenação a Anxo Santomil García, ex-presidente da «Feciga» e colaborador nos inícios das Xociviga até o ano 2002, incapaz de pôr em funcionamento, pela falta de interesse do novo diretor geral da Secretaria de Cultura da Junta da Galiza, um Patronato para garantir a sobrevivência das «Jornadas».

Destacar entre a multidão de atividades desenvoltas pelo cineclube Carballiño nestes anos… no verão de 1988, o ciclo dedicado a Stanley Kubrick, com quase a totalidade da sua filmografia, acompanhada de uma publicação muito cuidada de conteúdo e desenho; desde o ano 1982, a antologia dos "clássicos" com cópias restauradas; e a preocupação consubstancial pelo nosso cinema, colaborando sempre que foi possível na sua recuperação filmica.

No 2003 teve uma quebra nas atividades periódicas que organizava o cineclube e só ficou o esquema das «Xociviga» que organizou a câmara municipal.

A recuperação, em grande parte, da atividade ordinária do cineclube desde o 2010, foi graças a Miguel Decabo Riveiro e Ricardo Paz Díaz, junto de históricos do cineclube como Miguel Anxo Fernández, Xosé "Pepín" Prada, José Luis Diz e demais pessoas voluntárias que colaboram de forma altruísta, fazendo história viva do cineclube.